Universidade Aberta à Maturidade tem aula inaugural sobre diversidade e afeto

Acolhimento e sensibilidade foram alguns dos temas abordados

por Cláudio Oliveira | 07/08/2025

No último dia 4 de agosto, o auditório 333 da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) recebeu a aula inaugural do segundo semestre da Universidade Aberta à Maturidade (UAM), programa da PUC-SP voltado à educação continuada de pessoas com mais de 60 anos. O encontro marcou o início de mais um ciclo de atividades com uma palestra inspiradora, ministrada pela psicóloga clínica e especialista em educação sexual, Ana Cristina Canosa, que atua na área há mais de 20 anos.

Com o título “Do alfabeto ao afeto: entendendo o LGBTQIAPN+ com o coração aberto”, a palestra promoveu um espaço de escuta e aprendizado sobre diversidade sexual e de gênero, propondo uma reflexão empática e acessível ao público maduro. “Foi muito legal observar que os alunos e alunas estão de certa forma familiarizados com a diversidade sexual, porque está nas famílias de todas as pessoas, está na sociedade, nesse espaço de sentimento de pertencimento. E foi muito bom também saber que elas e eles quiseram essa temática, ou seja, que estão disponíveis, abertos e abertas, para entender e respeitar pessoas com toda a sua diversidade. Então foi uma troca linda, foi divertido, foi gostoso. Eu estou muito feliz de ter participado” comemorou a especialista.

A proposta do evento é, segundo os organizadores, ir além do conhecimento acadêmico e promover o encontro entre diferentes gerações, repertórios e vivências. A iniciativa faz parte do compromisso da PUC-SP com a inclusão e a formação cidadã em todas as fases da vida.

Durante a aula, alunas veteranas e ingressantes compartilharam suas impressões e expectativas sobre o semestre. “Não sei a quanto tempo estou no curso, porque eu sempre esqueço, no início fiquei receosa, mas agora estou mais aculturada, mais alegre, converso com mais pessoas, participo de mais coisas, estou menos velha. No encontro de hoje a palestrante explicou muito bem certas coisas e fatores que eu desconhecia. Para ser sincera, se durasse mais, seria ainda melhor, ela explicou muitas coisas que são humanas e que não dependem de escolhas, as pessoas nascem assim”, explicou Hellen Donelian, aluna do curso desde a primeira turma.

Já a ingressante Elizeth Aparecida Carvalho Latim falou de sua chegada no curso e de suas primeiras impressões. “Cheguei pelo site, procurei no Google cursos com algumas características específicas e fui direcionada para a página da PUC-SP. Como cursei serviço Social aqui, então achei que eu deveria vir conhecer. Chego com a expectativa de discutir assuntos atuais, conhecer pessoas novas e sobretudo buscar uma atividade cultural e sair de casa. Já trabalhei muito, me aposentei, agora estou sentindo falta de convívio para atualizar os assuntos. A aula de hoje foi ótima, o assunto é muito bom e a Ana (Canosa) é sensacional”, declarou a iniciante no curso.

A professora Marília Marino, coordenadora acadêmica do curso, destacou o papel do programa como espaço de escuta, diálogo e construção coletiva de saberes. “A Universidade Aberta à Maturidade é mais do que um curso — é um lugar de pertencimento, onde cada pessoa pode continuar aprendendo, ensinando e ressignificando experiências. Ao abordarmos temas como a diversidade LGBTQIAPN+, queremos ampliar horizontes e fortalecer o respeito mútuo. O conhecimento só faz sentido quando transforma vidas, e é isso que buscamos a cada aula”, refletiu a docente.

O evento foi aberto e fechado pelo Coral da UAM, que sob a regência da maestrina Rosana Mancini apresentou obras de artistas como Luiz Gonzaga e Gilberto Gil. O grupo vocal é uma das atividades oferecidas pelo curso.

Com programação variada ao longo do semestre, o curso oferecerá atividades voltadas à saúde, cultura, memória, tecnologia, direitos sociais e afetividade, sempre com enfoque multidisciplinar e voltado à valorização da autonomia e do protagonismo da pessoa idosa.

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