Jornal da PUC-SP

Com grande adesão dos novos estudantes, dia 13/2, pela manhã, a Semana de Recepção dos Alunos de Medicina realizou doação de sangue ao Hemonúcleo de Sorocaba. Em seguida, os alunos assistiram a uma aula sobre Suporte Básico de Vida, ministrada pelo prof. André Aleixo. Em seguida, dirigiram-se às atividades de tutoria.

Durante a tarde, a programação incluiu um Quiz de Anatomia e a apresentação do acervo bibliotecário e do Laboratório de Informática. As atividades foram encerradas com uma palestra da psicóloga do campus, Shelley Pinhal, que detalhou o funcionamento do Setor de Atendimento Comunitário (PAC).

Os primeiranistas de Medicina que se voluntariaram para a doação de sangue receberam o apoio dos veteranos da Sociedade Universitária Médica de Estímulo à Pesquisa (Sumep) e da Liga de Hematologia.

A presidente da Liga, Gabriella Papaiz de Mello Franco, aluna do 4º ano, destacou a tradição da ação, enfatizando o impacto positivo para os ingressantes: “É uma excelente forma de iniciar na Medicina, praticando a solidariedade e reconhecendo a importância da doação de sangue para ajudar indiretamente a quem precisa”.

Com estoques baixos, o Banco de Sangue de Sorocaba recentemente fez um apelo à população para aumentar as doações, especialmente devido ao Carnaval, período que registra aumento nos acidentes de trânsito e, consequentemente, na demanda por sangue.

Bruna Lora Franco, do primeiro ano, é natural de São Paulo e já tem o hábito de doar sangue. “Esta consciência nasceu quando fiz intercâmbio, aos 17 anos. No país que visitei era muito comum doar sangue. Quando retornei ao Brasil, decidi incorporar esse gesto solidário à minha rotina”, explicou.

Complementando, seu colega João Guilherme Alves Adad reforçou: “Ajudar o próximo é fundamental, e a doação de sangue é uma maneira concreta de fazer a nossa parte”.

Bateria surpreende novos alunos

No dia anterior, os novos estudantes de Medicina tiveram uma supresa: a performance da bateria dos veteranos, com seus quase 50 integrantes. Antes, os primeiranistas assistiram às apresentações dos docentes de Práticas de Atenção à Saúde (PAS) e do tradicional Showmed, grupo fundado em 1956.

Grandes mestres da gineco-obstetrícia

Na manhã de 13/2, a Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) recebeu o prof. Coríntio Mariani Neto, da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), para a aula inaugural de Obstetrícia. Com vasta experiência – ele foi diretor técnico durante 36 anos no Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros e é membro da Comissão Nacional de Aleitamento Materno da Febrasgo –, o professor lecionou para alunos do 5º e 6º ano de Medicina, residentes e docentes da FCMS.

Entre os presentes, estavam os profs. Godofredo Campos Borges (diretor da Faculdade), Luiz Ferraz de Sampaio Neto, Henri Augusto Korkes, Nelson Bressan, Alfredo Bauer e Elizabeth Kazuko Watanabe, coordenadora da disciplina de Obstetrícia.

Ao longo de sua apresentação, Coríntio relembrou a história do Hospital Leonor, desde que surgiu, há cerca de 80 anos, passando pelos grandes mestres que estiveram à frente da instituição: Waldemar Rudge, Duillio Farina, Arhur de Almeira, Antonio Guanento, Antonio Rozas, Luiz Camano, Adahir Durante, Aldo Ferronato, Adolpho Souza, Salim Wehba, Laurival de Luca, Oswaldo Lacreta, Sigismundo Amoroso, Geraldo Lima e Sebastião Piato.

Foram relembradas, com especial deferência e emoção, as figuras de Domingos Delascio e Bussâmara Neme, que dirigiram o Hospital Leonor e foram docentes da FCMS, assim como de outros dois ex-professores, Antonio Rozas e Waldemar Rudge.

Café da manhã solidário

A Semana de Recepção dos novos alunos de Medicina foi encerrada nesta sexta-feira (14/2) com um tradicional café da manhã solidário. Os estudantes serviram a refeição a pessoas em situação de vulnerabilidade social e aos pacientes atendidos no Conjunto Hospitalar de Sorocaba. A atividade foi realizada no salão paroquial da Igreja São Lucas e contou com o apoio do Centro Acadêmico Vital Brazil e dos Pucalhaços.

Marcelo Galvão Filho é um dos novos estudantes de Medicina. Natural da cidade de São Paulo, ele já tinha uma ideia de como seria participar desta ação. Sua namorada cursa o segundo ano e já tinha descrito a ele sobre como é gratificante participar do café da manhã solidário. “Saímos do cursinho ou do colégio e, querendo ou não, vivíamos em uma bolha. É necessário sair dela e conhecer outras realidades”, reflete Marcelo, que vê na iniciativa uma forma de disruptura social.

Outro primeiranista que participou foi Munir José Férez, de Santos (SP). “Considero este um projeto bem bacana. Todos os alunos se dedicam bastante. O pessoal que chega é bem acolhido e todos estamos muito animados para participar”, resume.

Veteranos também marcaram presença no evento para apoiar os novos colegas. “Adorei participar no ano passado e voltei para ajudar”, conta Ana Luiza Pereira Rachid, do segundo ano. Para ela, a experiência facilita a comunicação e é muito gratificante.

Vitória de Alcântara, também do segundo ano, ressalta a oportunidade de vivenciar outra realidade. “Este ano, me senti mais preparada para interagir”, afirma, lembrando com emoção de um senhor que cantou em agradecimento pela refeição em 2024.

Já Vitória Nassif Annes, do segundo ano, vê o café da manhã solidário como uma forma de se integrar à comunidade e fazer a diferença.