Pesquisadores da PUC-SP estudam hidrogel com melaleuca para tratar infecção fúngica nas unhas
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Redação |
03/06/2025
O curso de mestrado em Biomateriais e Medicina Regenerativa da PUC-SP aprovou, no último 22/5, a dissertação de mestrado envolvendo um novo hidrogel à base de celulose e quitosana, enriquecido com óleo essencial de melaleuca, para o tratamento da onicomicose — infecção fúngica que atinge milhões de pessoas no mundo.
A dissertação, produzida pela aluna Thaís Viço Destro, propõe o uso de materiais naturais, sustentáveis e de baixo custo, como alternativa segura e eficaz frente aos tratamentos convencionais, muitas vezes ineficazes e associados a efeitos colaterais.
O estudo teve como orientadora a professora-doutora Priscila Randazzo de Moura e como co-orientador o professor-doutor Daniel Komatsu. A banca examinadora foi composta pelas professoras-doutoras Cecília Torqueti de Barros e Eliana Aparecida de Rezende Duek.
A onicomicose, infecção fúngica que afeta as unhas, é responsável por cerca de metade dos problemas ungueais, atingindo especialmente idosos, diabéticos e pessoas com imunidade comprometida.
Embora não represente risco imediato à vida, a doença causa dor, desconforto e alterações estéticas significativas, podendo evoluir para infecções mais graves.
O tratamento convencional, baseado em antifúngicos de uso tópico e oral, enfrenta desafios importantes, como sua duração prolongada, efeitos colaterais indesejados e o crescente fenômeno da resistência aos medicamentos.
Nesse contexto, o desenvolvimento de novas terapias com base em materiais naturais e sustentáveis se destaca. Hidrogéis formulados com celulose e quitosana apresentam vantagens como biocompatibilidade, biodegradabilidade e propriedades antimicrobianas.
Associado a esses polímeros, o óleo essencial de melaleuca se sobressai por sua reconhecida ação antifúngica contra os principais agentes causadores da onicomicose. A combinação desses componentes pode resultar em tratamentos mais eficazes, seguros e acessíveis, com potencial para reduzir a incidência da doença e aliviar a sobrecarga sobre os sistemas de saúde.
